Como assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades?
“Efeitos da pandemia serão sentidos por décadas, diz chefe da OMS” (Nações Unidas Brasil)
Ansiedade, depressão, suicídio: o que representa perdermos um ano de nossas vidas? Um ano de sonhos adiados e planos destruídos? Como recuperar um ano de adolescência perdido?
E os parentes perdidos? Como vivenciar o luto com tantas restrições? Aqui as perdas são irrecuperáveis.
E, como será na volta? Que mundo surgirá após essa desconstrução civilizatória? Como construiremos essa nova fase da civilização humana? Quem serão os reconstrutores?
Bem, essas são apenas algumas perguntas dentre as muitas que atormentam a população mundial. Não é para menos que a Organização Mundial da Saúde (OMS) espera uma pandemia de problemas na área de saúde mental após o retorno do isolamento social. E, o pior, é que no Brasil a área do SUS com menor investimento e de menor possibilidade de atenção, é exatamente a de saúde mental.
A ODS-3 é extensa ao propor os princípios dessa reconstrução da atenção à saúde e ao bem-estar das pessoas, mas terá que ser acelerada em sua implantação ou as sequelas da COVID-19 não serão apenas físicas, mas, principalmente, emocionais e psíquicas.
3.1 Até 2030, reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100.000 nascidos vivos
3.2 Até 2030, acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos, com todos os países objetivando reduzir a mortalidade neonatal para pelo menos 12 por 1.000 nascidos vivos e a mortalidade de crianças menores de 5 anos para pelo menos 25 por 1.000 nascidos vivos
3.3 Até 2030, acabar com as epidemias de AIDS, tuberculose, malária e doenças tropicais negligenciadas, e combater a hepatite, doenças transmitidas pela água, e outras doenças transmissíveis
3.4 Até 2030, reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis via prevenção e tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar
3.5 Reforçar a prevenção e o tratamento do abuso de substâncias, incluindo o abuso de drogas entorpecentes e uso nocivo do álcool
3.6 Até 2020, reduzir pela metade as mortes e os ferimentos globais por acidentes em estradas
3.7 Até 2030, assegurar o acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluindo o planejamento familiar, informação e educação, bem como a integração da saúde reprodutiva em estratégias e programas nacionais
3.8 Atingir a cobertura universal de saúde, incluindo a proteção do risco financeiro, o acesso a serviços de saúde essenciais de qualidade e o acesso a medicamentos e vacinas essenciais seguros, eficazes, de qualidade e a preços acessíveis para todos
3.9 Até 2030, reduzir substancialmente o número de mortes e doenças por produtos químicos perigosos, contaminação e poluição do ar e água do solo
3.a Fortalecer a implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco em todos os países, conforme apropriado
3.b Apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de vacinas e medicamentos para as doenças transmissíveis e não transmissíveis, que afetam principalmente os países em desenvolvimento, proporcionar o acesso a medicamentos e vacinas essenciais a preços acessíveis, de acordo com a Declaração de Doha, que afirma o direito dos países em desenvolvimento de utilizarem plenamente as disposições do acordo TRIPS sobre flexibilidades para proteger a saúde pública e, em particular, proporcionar o acesso a medicamentos para todos
3.c Aumentar substancialmente o financiamento da saúde e o recrutamento, desenvolvimento e formação, e retenção do pessoal de saúde nos países em desenvolvimento, especialmente nos países menos desenvolvidos e nos pequenos Estados insulares em desenvolvimento
3.d Reforçar a capacidade de todos os países, particularmente os países em desenvolvimento, para o alerta precoce, redução de riscos e gerenciamento de riscos nacionais e globais de saúde
Vamos precisar de muito acolhimento para aqueles que sofreram de forma mais contundente os impactos do isolamento social e a perda de entes queridos. O Desafio 10X10, a gincana contra a fome da qual já falamos aqui, percebeu essa necessidade de acolhimento das pessoas e lançou a Segunda Onda que, através de um pacto inter-religioso pretende criar Células de Cuidado Comunitário (CCC), para ajudar as instituições de saúde a receber e acolher pessoas impactadas pelos efeitos tardios da COVID-19. Falaremos mais sobre a construção das CCC futuramente, em outro artigo.
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