Como acabar com a pobreza em todas as suas
formas, em todos os lugares?

Se em 2015, o ano de lançamento da Agenda 2030, a situação econômica mundial vinha
se arrastando de crise em crise ameaçando ruir, aumentando a concentração de renda e
criando mais e mais pobreza, com a pandemia da COVID-19 em 2020 a falência do atual
modelo de produção e distribuição de riquezas chegou ao seu ápice.
Estamos num ponto em que nem os mais pessimistas dos analistas econômicos
imaginaram. O isolamento social exigido pela ameaça do coronavírus foi só a gota d’água que
faltava para desnudar um modelo econômico incompatível com um viver sustentável no
planeta.
Níveis assustadores de concentração de renda em uns poucos que, isoladamente, detêm
riqueza pessoal maior que o PIB da maioria dos países do mundo, exibem-se como heróis nas
capas de revistas de grande circulação no mundo como exemplos de “sucesso”, enquanto
milhões de crianças morrem de fome, invisíveis aos meios de comunicação.

“A fortuna do 1% da parcela mais rica do mundo corresponde a mais que o dobro da
riqueza acumulada dos 6,9 bilhões de pessoas menos ricas, ou seja, 92% da população do
planeta, afirma a ONG Oxfam…”(VEJA, 2020)

Não há mais tempo a perder. Reverter esse quadro dramático de pobreza e desemprego
global vai exigir soluções inovadoras e a redefinição de um modelo econômico compatível com
a continuidade da vida humana na Terra.
E essa reconstrução sustentável da sociedade só poderá ser realizada pelas novas
gerações, que têm mostrado, com seus aplicativos, suas startups e sua criatividade estimulada
pelo mundo digital, um enorme grau de empreendedorismo, de fazer acontecer com
resultados surpreendentes e com enorme consciência social e ambiental.
Mas, as pessoas que fazem parte das gerações dos “cidadãos analógicos”, podem deixar
aos jovens seus sonhos de um mundo sem pobreza e, portanto, mais justo, pacífico e
sustentável, através dos princípios da agenda 2030.
E, para acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares, a Agenda
2030 estabeleceu algumas metas:
1. Até 2030, erradicar a pobreza extrema para todas as pessoas em todos os lugares,
atualmente medida como pessoas vivendo com menos de US$ 1,90 por dia.
2. Até 2030, reduzir pelo menos à metade a proporção de homens, mulheres e crianças,
de todas as idades, que vivem na pobreza, em todas as suas dimensões, de acordo com as
definições nacionais.
3. Implementar, em nível nacional, medidas e sistemas de proteção social adequados,
para todos, incluindo pisos, e até 2030 atingir a cobertura substancial dos pobres e vulneráveis.
4. Até 2030, garantir que todos os homens e mulheres, particularmente os pobres e
vulneráveis, tenham direitos iguais aos recursos econômicos, bem como o acesso a serviços
básicos, propriedade e controle sobre a terra e outras formas de propriedade, herança,
recursos naturais, novas tecnologias apropriadas e serviços financeiros, incluindo
microfinanças;
5. Até 2030, construir a resiliência dos pobres e daqueles em situação de
vulnerabilidade, e reduzir a exposição e vulnerabilidade destes a eventos extremos
relacionados com o clima e outros choques e desastres econômicos, sociais e ambientais

Talvez essas metas sejam até tímidas, agora que a pandemia da COVID-19 destruiu a
possibilidade de manutenção do atual modelo de produção e distribuição de riquezas. Temos
certeza de que, com criatividade, as novas gerações não precisarão desse tempo para reverter
essa situação insustentável de pobreza.
Sabemos do caos que poderá se instalar após a interrupção do isolamento social, com o
desemprego em massa e quando os recursos governamentais não forem mais suficientes para
equilibrar o imenso fosso existente entre os que têm demais e os que não têm sequer o
mínimo para sobreviver.
Temos certeza de que após esse primeiro momento de medo do futuro, as novas
gerações farão reascender no coração das pessoas a empatia natural que existe em cada ser
humano e, juntos, garantiremos a perpetuação da vida humana na Terra em um outro
patamar de consciência.
“O que me sobra não te pode faltar!” – Jaya Vitali

Livelab 

Desafio 10×10

Jornada X